terça-feira, 29 de julho de 2008

O peregrino e a ruiva

Era um pequeno vilarejo. Ora, vilarejo já é pequeno, mas aquele era menor ainda. 20 casas no máximo. Ele cansado da viagem, sentou na praça principal. Não imaginava nenhum cliente ali, mesmo porque não viu ninguém na rua, parecia estar tudo deserto. Tirou um pouco de água da fonte, o único monumento daquele lugar. Tirou sua pesada mochila, cheia de grossas telas e carvão e colocou no chão.
Ela também vinha cansada da viagem, mas do lado oposto da cidade. Usava uma capa marrom, de couro que cobria seu rosto. Olhava para os lados, mas não via ninguém. Então viu o rapaz sentado na praça e se aproximou:
- Ei...
- Hum? - ele virou para ve-la.
- Tem alguém aqui?
- Não sou daqui. - encolheu os ombros.
- Eu também não. - sorriu sem graça.
Ela sentou-se ao lado dele, com certa vergonha. Tirou a capa que cobria o rosto. Ele riu, e estendeu a mão:
- Prazer, André.
- Camila...
Ele riu, não soube o que viu nela, mas a olhou bem e tirou uma de suas grossas telas da mochila, mais um pedaço de carvão e se ajeitou da melhor maneira possivel no velho banco de madeira da praça.
- Posso te desenhar?
Ela ficou da cor do seu cabelo ruivo. Mas sorrindo, acenou de forma positiva com a cabeça. Passou alguns minutos, ele já havia terminado.
- Pronto.
- Mas já? - ela arregalou os olhos.
Ele mostrou o desenho, e ela encantada, arregalou mais ainda os olhos. Criou um laço tão grande com esse novo desconhecido que resolveu fazer o mesmo.
- Vou escrever.
- Escrever? - ele olhou curioso.
- Sim, escrever... - e ela também tirou um caderno velho e lápis da mochila.
E assim fez o mesmo. E assim seguiram.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Igual aquelas histórias...

Que a gente lê por aí. Amanhã é o aniversário da cidade, vai ter apresentações na praça central. Eu acho isso de outro mundo, coisa de interior, só pode. nunca teve um desses aonde eu morava. Desde que cheguei aqui, sinto como se estivesse numa história, como se fosse personagem de algum livro, recém chegada da capital, não conhece quase ninguém ainda, eu bem que poderia escrever algum conto com essa nova fase... Aqui chove direto, quase todo dia e quase sempre no mesmo horário. Uma hora lá está o Sol, brilhando como só ele, depois, de repente e sem avisar, chove! Eu gosto de chuva.
E resolvi dormir na varanda do quarto. Infelizmente a luz do poste batia bem na minha cara, então só deu para ver poucas estrelas, devido a luminosidade. Gostei da experiencia, mas choveu e molhou meu colchão! ¬¬
Ainda não achei igreja aqui, mas para ser sincera, ainda não procurei. Não sei bem ao certo o porque, vai ver é falta de vergonha na cara. Seja lá o que for, preciso parar com isso. Dependendo da igreja, pode ser um bom lugar para se fazer amizades.
Enfim...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Ai, ai

Pobre de minha cabeça!....