sexta-feira, 30 de maio de 2008

Daria uma novela

Minha vida daria uma, com certeza!
Hoje, fui na livraria, procurando alguns docinhos do Rubem Alves. Docinhos porque livro bom eu devoro em dois tempos. Na prateleira nacional, um me chamou atenção... "Camila" Já fiquei empolgada, não é todo dia que se acha um livro com seu próprio nome como título, quando comecei a passar as páginas, na rádio, começa a tocar aquela música pop (não lembro o nome do grupo): Camilaaaaa ah há uou, Camilaaaaaa, Camilaaaaaa...
Claro, senti medo! Sem vergonha de dizer isso, pensei se não fosse um sinal, ou algo assim, pois me parece coencidência demais, uma Camila, lendo um livro chamado Camila e ouvindo uma música sobre Camila... Quando o vendedor veio e a música ainda tocando, pedi para reservar o livro:
- Qual seu nome?
- Camila...
Breve pausa. Logo comentei da música e o livro com seu título vermelho sobre a capa branca. Bem chamativo. Ele riu. Comentei que estava com medo, ele riu mais ainda. Eu ri junto, mas de nervoso.
Quando saí da loja para tirar o dinheiro, acabei por fazer as contas erradas e tirei menos do que devia. Quando fui contar, faltou UM REAL, somente um real para levar o livro. Quase borrei, como faltaria só um real? Por fim, achei melhor deixar aquilo quieto, e pedir de presente para algum conhecido... Se alguém quiser, ele ainda está reservado sob o nome de:
Camila ahááá uou.... Camilaaaaa, camilaaaa

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Solidão e pé de pimenta

Bah, o ser humano é assim, só dá valor depois que perde! Essa bendita solidão... (Bendita sim!) tem suas vantagens. Apesar de até minha cachorra papai ter dado, fato que lamento muito, como não dá ter animais.... Vou plantar um pé de pimenta. Cuidar, regar, ter uma companheira que dê frutinhos parece ser uma boa terapia! Quem sabe até bater uns papos com ela:
- E ai pimenteira, tudo encima?
- Tudo de boa!
- Já almoçou?
- Já fiz minha fotossintese.
- Rola umas pimentinhas no meu prato?
- Pra já.
E de repente como num passe de mágica surgem pimentinhas amarelinhas em seus galhos. E porque comentei de só dar valor depois que perde? Amigos, amigos e amigos, e se eu for embora pra outro estado? "Ah Camila, não vai não".... Não vou uma ova, aonde estavam vocês, quando precisei? Com excessão de uma ou duas pessoas, soma-se o restante e vejam quantos. Quantos conhecidos, quantos amigos eu tenho de fato?

Deus está sempre comigo, afinal, sem Ele não sei como estaria passando tudo isso. Pensava que eu era fraca, mas na verdade sou mais forte que penso, pois minha força vem dos Céus.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Histórias do Buzo - A mulher que chorava

Indo para a casa da vovó, no tal 504 Terminal de Jacaraípe, sentou ao meu lado uma mulher. Nada demais até então, só que as lágrimas rolavam e rolavam pelos olhos dela. Ela não parava de chorar. E eu disfarçadamente (imaginem o meu "disfarçado"...rs) olhava pra ela. Sabe como é curiosidade. Então veio aqueles homens vendedores de canetas da manassés e pensei: Vou comprar a caneta pra ver se ela fica contente. Comprei a caneta. Faltava pouco para chegar no terminal, e me enchendo de coragem....rs... entreguei a caneta a ela:
- Toma para você.
- Não, foi você que comprou.
- Pode pegar, eu comprei para você.
Finalmente ela sorriu! Aquela sensação de dever cumprido e talz, mas não parou por ai, perguntei a ela:
- Porque você está chorando?
- É porque estou fazendo um tratamento dentário e o produto que eles usam me faz lacrimejar muito.
- Ah... tá - minha cara nessas horas....rs
E viemos conversando numa boa, ela contando sobre o tratamento e a irmã dela. Acabamos que descemos no mesmo terminal. E por incrivel que pareça, só provando aquele versiculo biblico que o homem colhe o que planta, quando cheguei em casa o que papai colocou encima da mesa para mim?
Uma caneta da manessés

sábado, 3 de maio de 2008

É de joelhos!

Porque a gente fica tão rendido de joelhos? É uma situação de quase ou sim, humilhação... Nunca entendi a profundidade disso, até ontem...
Reuniu minha familia por parte de pai, para orar antes de dormir, foi quando vi minha tia, de seus 70 e poucos anos, com problemas no corpo, colocar sua almofadinha no chão e ajoelhar! Nem querendo saber da dor, e meu tio, na mesma situação de saúde, fazer o mesmo. Me senti envergonhada, por tantos motivos que meu caro leitor já sabe... Ajoelhei também, recostando minha cabeça no sofá, fechando os olhos e esquecendo de tudo. E foi nesse esquecendo de tudo, me esvaziando do meu próprio eu, que fui sendo enchida de Deus. Como Deus pode encher algo que já está cheio? Nós temos que estar vazios, deixar nossos orgulhos, nossos preceitos, tudo que nos impede de sermos enchidos pelos Senhor. E realmente, a paz que eu senti naquele momento, a calmaria, é algo tão bom.

Na real eu ia contar de como foi a cômica doação de sangue, mas vamos deixar para o próximo capítulo...rs....